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TEATRO - O papel do jogo teatral.

Esse artigo esclarece o papel do jogo teatral e seu objetivo quando trabalhado com o aluno/ator na sua busca da solução para o problema do “jogo”, ele se envolve corporalmente, intelectualmente, intuitivamente e verbalmente consigo mesmo, com os seus colegas e com aquilo que está fazendo.

Suas respostas são físicas e a emoção surge a partir do jogo que coloca uma situação para ser vivida. Para no futuro criar seu personagem para a peça de teatro desejada. O PAPEL DO JOGO TEATRAL



O jogo teatral é de suma importância para o processo de atuação no teatro, isso porque é por meio do desenvolvimento criado pela relação de jogo que o participante desenvolve liberdade pessoal dentro do limite de regras estabelecidas e cria técnicas de habilidades pessoais necessárias para o jogo. À medida que interioriza essas habilidades e essa liberdade ou espontaneidade, ele se transforma em um jogador criativo (SPOLIN, 1999). Um modo de pensar com potencial para promover a formação do aluno espectador.


[...] o trabalho com jogos teatrais abre espaço para a experiência. Ao contrário do que se espera de um “bom aluno”, que é justamente possuir informação e saber opinar, o desejo é que o aluno experiencie a linguagem teatral, que opere com a ampliação do tempo, sem pressa de vivenciar, e que elabore um sentido proveniente da vivência. (ALMEIDA, 2010, p. 2)


Na busca da solução para o problema, ele se envolve corporalmente, intelectualmente,

intuitivamente, e verbalmente consigo mesmo, com os seus colegas e com aquilo que está fazendo. Suas respostas são físicas e a emoção surge a partir do jogo que coloca uma situação para ser vivida, é o que defende Spolin. (1999) Para jogar e improvisar, os atores deverão manter o foco que é o ponto de concentração, observando os seguintes elementos descritos: ONDE: o local em que se passa a ação, que pode ser construído com o mínimo de objetos, mostrando, através do imaginário, se tornando reais para si e para a plateia. QUEM: é o personagem, mostram quem são estes, através do comportamento e do relacionamento entre eles. O QUÊ: a ação propriamente dita, pois há sempre um objetivo, uma razão para estarmos fazendo alguma coisa naquele lugar para que exista o conflito.


Cabe destacar, que estes esquemas estabelecem princípios que se organizam possibilitandouma relação viva com a arte dramática encenada pelo educando e com a plateia (SPOLIN, 2010).

Nenhuma atividade é realizada sem uma razão de ser, nesse caso os jogos precisam levar em conta e se comportar também como ferramenta avaliativa.


Neste caso, quanto à avaliação, Spolin (1999) esclarece que esta deve ser realizada

imediatamente após a apresentação da equipe. É pedido, primeiramente, a “plateia” uma análise sobre as atitudes do grupo que atuou, tendo como critério principal o foco

inicialmente estabelecido para o desenvolvimento da atividade. Em seguida, é pedido ao próprio grupo atuante que também se auto-avalie. Spolin (1999) afirma que a avaliação é uma parte importante do processo e é vital para a compreensão do problema tanto para o jogador como para a plateia.


Assim, no trabalho com as artes cênicas em sala de aula busca-se educar pelo teatro e para oteatro, mas para que esse objetivo seja alcançado é preciso que o aluno seja sensibilizado, que desperte o interesse pela área, o que será possível por meio de propostas que privilegiem a formação do espectador. (PARANÁ, 2008, p. 77).


Os jogos teatrais sistematizados por Viola Spolin (1999) que descreve um sistema

fundamentado principalmente na relação palco/plateia, ressaltando que o objetivo dessas ações deve ser o aprendizado da linguagem teatral, a comunicação com o público. Assim sendo, e considerando a percepção de que o teatro é uma das áreas menos exploradas na escola, entende-se ser necessário incentivar sua prática com ênfase em jogos teatrais como potencial para a formação do espectador, nos termos da proposta sistematizada por Viola Spolin.


Rafaela Federici

Arte Educadora/ Atriz


Referências

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Arte. Curitiba: SEED, 2008.

SPOLIN, Viola. O jogo teatral no livro do diretor. São Paulo: Perspectiva, 1999.

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